Orelha queimando? Pode não ser só superstição
Você já deve ter ouvido falar, alguma vez na vida, sobre a superstição da orelha queimando, que quando isso acontece é porque tem alguém falando mal da gente. Aliás, a teoria ainda depende de qual orelha você está sentindo o incômodo.
Se for a esquerda que está vermelha, é porque estão falando mal, e se for a direita, estão falando bem. Há quem diga que se você morder a alça da blusa no lado que está quente, a queimação acaba. Mas será que orelha queimando significa apenas isso? Descubra.
Por que sentimos a orelha queimando?
Se falarmos cientificamente, a orelha fica vermelha e quente devido a uma dilatação dos vasos sanguíneos da área, e isso faz com que mais sangue passa neles. Parece óbvio, mas orelhas ficam com essas características porque o sangue é quente e vermelho, e isso ocorre porque a região da orelha tem a pele mais fina que no resto do corpo.
Resumindo, ninguém está falando mal de você, já que a vasodilatação pode acontecer em qualquer um dos lados. Além disso, a vasodilatação pode ocorrer nas pessoas por vários motivos, já que esse processo está ligado diretamente ao nosso sistema nervoso. Em momentos de ansiedade, estresse e pressão, a vasodilatação acaba ganhando muito mais força. Porém, não é só isso também que faz a orelha ‘queimar’, de acordo com a ciência.
Síndrome da Orelha Vermelha (SOV)
Essa síndrome é verdadeira, apesar de não parecer, e ela foi registrada pela primeira vez em 1994, pelo neurologista J.W. Lance. A síndrome faz com que as duas orelhas da pessoa fiquem vermelhas e quentes, além da enxaqueca, em alguns casos. Pesquisadores do Canadá se aprofundaram mais na pesquisa do neurologista, descobrindo que a Síndrome é uma condição bem rara. Ela é caracterizada pela sensação de queimação no lóbulo da orelha, além da vermelhidão na região inteira, e pode durar horas.
A causa disso? É a deficiência de uma enzima no organismo, a ALDH2. A Síndrome pode acontecer de duas formas diferentes, e a primeira é espontânea, já a segunda é um resultado de vários estímulos recebidos. As variações são diversas, no segundo caso, por exemplo, se você se esforçar demais, se a temperatura mudar ou com o toque.
Tem tratamento para a SOV?
Se for necessário um tratamento para essa síndrome, deve-se utilizar um betabloqueador. Essa droga é destinada a pessoas com pressão arterial elevada ou com problemas cardíacos. Portanto, existem outros tratamento mais simples como:
- Repouso
- Uso de compressa fria
- Restrição alcoólica
- Dieta saudável
Outros motivos para sentir a orelha queimando
Além da superstição, vasodilatação e Síndrome da Orelha Vermelha, existem outros problemas que podem deixar a sensação de que a sua orelha está queimando. Veja quais:
- Queimadura do sol
- Pancada na região
- Alergias
- Dermatite seborreica
- Infecções bacterianas
- Febre
- Enxaqueca
- Micose
- Herpes-zoster
- Candidíase
- Consumo de álcool em excesso
- Estresse e ansiedade
Então, antes de sair mordendo a camiseta por aí, procure um médico, caso sua orelha queimando se torne algo comum. Porém, se o seu problema não for vermelhidão nem queimação, e sim alguma inflamação no furo da orelha, existe outra explicação.
Orelha inflamada
Você costuma usar brincos? Pois saiba que pode acontecer desse local inflamar, e muitas vezes, até causar dores e acúmulo de secreção. Na maioria das vezes, o problema ocorre por conta da alergia ao material dos brincos, já que algumas mulheres possuem sensibilidade nas orelhas, e isso pode demorar anos para se manifestar.
Antes de usar qualquer acessório, saiba qual tipo de material você é sensível ou se já possui algum tipo de alergia de pele.
Cuidados com a lesão
Não existem remédios para acabar com a inflamação, mas existem alguns antialérgicos à base de corticoides que podem ser usados quando o problema já tiver se manifestado. O ideal é procurar um dermatologista antes e saber se pode usar o medicamento ou algum outro.
Como evitar a inflamação?
Evite usar brincos de metal ou do material que está causando essa reação. Isso não quer dizer que você deve parar de usar o acessório, mas você pode substituir essas bijuterias por outros tipos de materiais como, acrílico, madeira, inox, ouro e prata. Brincos fabricados com esses materiais têm menos chances de causar alergia.
Fonte: R7 e Dermaclub