Uma breve história do biquíni cortininha, o clássico brasileiro

Apesar de ser uma invenção francesa, de 1946, o biquíni brasileiro é o grande objeto de desejo das mulheres do mundo todo – e talvez o único item do vestuário no qual o Brasil é referência internacionalmente. A criatividade e qualidade contribuiu para a admiração, e o clássico biquíni cortininha é fundamental para história.

Era 1972. As areias da praia de Ipanema apresentavam o sutiã cortininha, um triângulo ou um quadrado franzido, com amarração no pescoço. O cortininha não foi apenas um momento para os livros de história; trata-se de um legado duradouro, uma referência de estilo a ser reconhecida por toda a moda praia brasileira – e muito além.

Como nasceu o biquíni cortininha

Há algumas versões de quem teria criado o icônico modelo, e uma dessas histórias pertence a Rose Di Primo, que foi uma modelo bastante requisitada nos anos de 1970. Aos 17 anos, ela foi para a confecção da mãe, uma costureira de mão cheia, e passou uma tarde tentando costurar um biquíni. Os detalhes desta história estão no livro ‘Rose Di Primo: do brilho a luz’ e também na obra ‘Biquíni made in Brazil’, de Lilian Pacce.

“Fiz o molde. Aí pegava o papel, punha na frente e me olhava no espelho. Achava grande, esquisito. Quando, enfim, aos trancos e retalhos, consegui montar o biquíni e o vesti, ele não passava no meio da perna. Não subia”, relatou, conforme trecho do livro de Lilian Pacce.

Rose então cortou as laterais da calcinha, pegou no chão quatro tiras de pano e amarrou as pontas. “Finalmente consegui suspender o biquíni. E dei um laço de um lado e do outro. Em vez de um biquíni inteiriço, decidi fazer amarradinho com esses lacinhos.

Sobre o sutiã, ela conta que fez um quadrado com bainha para enfiar as cordinhas e amarrar, criando assim o modelo mais popular entre as brasileiras. Depois da criação, a então modelo desfilou com a novidade no dia seguinte nas areais de Ipanema, perto da Rua Montenegro, atual Vinícius de Moraes.

Após um mergulho no mar e voltar para a praia, havia provocado um tumulto. “Todo mundo olhava com cara de espanto, alguns até de boca aberta, apontando perplexos para o meu biquíni. Confesso que fiquei orgulhosa”, recorda ela, que recebeu até proposta para vender a peça.

A Tanga também é brasileira

- CONTINUE DEPOIS DA PUBLICIDADE -

Além do biquíni cortininha, Rose garante ter inventado a tanga – que ela chama de amarradinho -, uma versão moderna e urbana que fez a fama da sensualidade brasileira mundo afora. Por não ter registrado as invenções, o crédito não é só dela. A versão de autoria é dividida com a marca Blue Man e com a biquineira Zilda Maria Costa.

Biquíni e suas 7 décadas história

O biquíni surgiu oficialmente há 74 anos. Mas antes de tudo, é claro que ele não foi o primeiro exemplo de roupa de banho – nem mesmo de um duas-peças. Na Grécia e Roma antigas, as mulheres usavam tops e partes de baixo feitos de lenço para participarem de esportes, conforme ilustrado nos mosaicos encontrados em Villa Romana Del Casale.

Mais para frente, os vitorianos, com seu cada vez maior interesse em balneários, favoreciam o comedimento em suas incursões em banhos ao ar livre: as primeiras fotos da roupa de praia mostravam mulheres de vestidos longos e calções para enfrentar as ondas.

Um salto até a década de 40 e chegamos ao modelo conhecido nos dias de hoje. Foi apenas após a II Guerra Mundial que o umbigo teria seu momento, graças a Louis Réard. Mas levaria um pouco mais de tempo para o traje ficar banal – inicialmente banido em muitas praias, e usado com maestria em outras ocasiões.

Foi na década de 1960 que ele realmente ficou conhecido. Passou por novos formatos e tamanhos menores nos anos de 1970. Ganhou cores, texturas e novas cores nos anos de 1980 e na década de 90 as mulheres conheceram aqueles maiôs ultracavados e coloridos.De lá pra cá, o biquíni é considerado um traje versátil e, dadas as circunstâncias certas, ele ainda pode fazer muito barulho.

Cortinha: clássico, basiquinho e queridinha do beachwear

Embora o top meia-taça e o tomara que caia sejam um sucesso, o cortininha ainda é o best-seller. Clássico da praia, o modelo nunca sai de moda. Isso porque, a mulher brasileira considera o biquíni uma  roupa, e não somente um traje de banho. A peça tem que ter conforto e modelagem perfeita. Afinal, as mulheres daqui gostam de se bronzear e o modelo é perfeito para isso.

- CONTINUE DEPOIS DA PUBLICIDADE -

O mais importante é que ele é prático, bonito e ótimo para valorizar a região do busto, ao mesmo tempo combina muito bem com variadas texturas e estampas. Além de todas as vantagens estéticas, o biquíni cortininha deixa aquela marquinha de bronzeado mais fina, muito desejada por várias mulheres. Geralmente tem a alça amarrada no pescoço, mas é possível encontrar alguns tipos de biquíni com alças semelhantes as de sutiã.

Por ser democrático, ele foi feito para todas as silhuetas. Portanto, se você tiver seios pequenos e quiser aumentá-los visualmente, o truque é deixar a peça bem franzida. Se tiver seios grandes, a dica é usar o cortininha com alças mais largas para que você fique confortável e segura e possa curtir ao máximo os dias de calor.

Cortininha na Pajaris

Na Pajaris, a marca de beachwear queridinha das brasileiras, você encontra várias versões deste modelo entre as coleções que não podem faltar no seu guarda-roupa. Mesmo sendo tradicional, o biquíni cortininha é encontrado de formas variadas na moda praia, desde o modelo liso até os modelos com babados, franjas, estampas, argolas, junção de cores e outros detalhes.

Abaixo, veja uma seleção dos melhores tops do modelo para levar já à areia da praia. O seu biquíni perfeito está em www.pajaris.com.br.

Comentários (0)
Comentar