Comidas afrodisíacas: ostra e chocolate realmente aumentam a libido?

Nem todas as comidas ditas afrodisíacas têm respaldo científico sobre o quanto afetam o prazer sexual; veja mitos e verdades

Comidas afrodisíacas são aquelas que supostamente podem despertar o desejo sexual ou mesmo potencializar o prazer durante a relação. Por outro lado, a indústria farmacêutica já se encarregou de produzir drogas específicas com o mesmo efeito. Ainda assim, podemos confiar nas alternativas naturais para aumentar a libido?

A maioria destes alimentos “mágicos”, no entanto, não apresentam evidências científicas de que realmente aumentam o prazer na cama. Sem dúvidas, optar por comidas ditas afrodisíacas teria menos efeitos colaterais do que tomar uma pílula para o mesmo fim. Neste caso, aliás, o mais indicado seria conversar antes com um médico.

Assim, se você está pensando em oferecer um jantar com ostras de entrada e chocolate na sobremesa, saiba que o efeito afrodisíaco destas comidas é essencialmente psicológico. Pelo menos é o que apontam os estudos científicos sobre o tema.

Comidas afrodisíacas: verdade ou mito?

Como explicou a nutricionista Alina Petre em artigo para o site Healthline, vários alimentos são apontados afrodisíacos, mas há poucas evidências científicas para comprovar. Confira a seguir, portanto, as comidas que de afrodisíacas só têm a fama e também os ingredientes que realmente podem ajudar a aumentar a libido.

Ostras

Existe um estudo indicando que ostras podem aumentar a libido em ratos, mas não foi comprovado que o mesmo acontece em humanos. Ainda assim, a ostra permanece no imaginário das comidas afrodisíacas, em parte devido à sua aparência, que remete ao órgão sexual. Além disso, ostras são ricas em zinco, mineral que contribui para a fertilidade.

Chocolate

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Presentear alguém com uma bela caixa de chocolates pode ser bem afrodisíaco. No entanto, apesar de estudos mostrarem que o cacau pode estimular a circulação, não há evidências de que possa aumentar a libido.

Pimenta

Pelo estímulo que provocam na língua e pela sensação de calor que liberam, comidas picantes são frequentemente consideradas afrodisíacas. No entanto, nenhum estudo sustenta essa crença.

Vinho

É verdade que bebidas alcoólicas podem deixar os parceiros mais relaxados e propensos ao sexo, mas tudo depende da moderação. Afinal, exagerar na dose pode prejudicar o desempenho na cama e ter o efeito inverso.

Gengibre

Gengibre é considerado afrodisíaco, mas seu “primo” ginseng vermelho tem mais propriedades estimulantes (Foto: Engin Akyurt / Pixabay)

Frequentemente citado entre as comidas afrodisíacas, o gengibre é utilizado no Oriente como um estimulante da circulação visando o desempenho sexual. Um estudo de 2013 feito com ratos comprova esta tese. No entanto, faltam evidências do efeito do gengibre para a libido em humanos.

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Comidas afrodisíacas com base científica

Embora o poder do gengibre para estimular o apetite sexual não esteja comprovado pela ciência, um parente próximo desta raiz pode, sim, ser considerado afrodisíaco. Confira a seguir, então, as comidas afrodisíacas respaldadas por estudos.

Ginseng vermelho

O ginseng coreano vermelho é uma raiz parecida com o gengibre, encontrada por aqui na forma de suplementos. Segundo a Healthline, estudos apontaram que a planta tem mais eficácia do que um placebo para melhorar a função erétil. Além disso, outra pesquisa indicou melhora na excitação sexual durante a menopausa.

Pistache

Um estudo realizado em 2011 na Turquia mostrou que o consumo regular de pistache levou ao aumento do fluxo sanguíneo para o pênis e ereções mais firmes. Segundo os especialistas, o efeito está relacionado à propriedade da oleaginosa para melhorar o colesterol e estimular o fluxo sanguíneo. No entanto, o estudo não utilizou placebo, o que dificulta a interpretação dos resultados.

Açafrão

Açafrão está na lista das comidas afrodisíacas segundo estudos recentes (Foto: Ulrike Leone / Pixabay)

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A especiaria mostrou ter potencial poder afrodisíaco em homens e mulheres que tomam antidepressivos, segundo estudos recentes. Por outro lado, as propriedades estimulantes do açafrão em indivíduos sem depressão ainda não estão comprovadas.

Ginkgo biloba

A medicina tradicional chinesa usa o ginkgo biloba para tratar diversas doenças, incluindo depressão e disfunção sexual. Existe um estudo atestando seus efeitos afrodisíacos, mas os resultados são inconsistentes. A erva também pode interagir com anticoagulantes, então consulte seu médico antes de usá-la.

Feno-grego

Mais encontrada por aqui na forma de suplementos, a erva pode ajudar a produzir hormônios sexuais como estrogênio e testosterona. Foi o que indicou um estudo que prescreveu doses de extrato de feno-grego a homens e mulheres durante seis semanas. Os resultados mostraram um aumento significativo no desejo sexual em comparação com o grupo do placebo. Por outro lado, o suplemento interage com medicamentos anticoagulantes e pode causar uma pequena dor de estômago.

Maca peruana

Conhecida como “Viagra peruano”, esta raiz cresce nas montanhas do centro do Peru e parece um gengibre em forma de cabeça de alho. Estudos em animais apontaram aumentos na libido e na função erétil em roedores após consumir maca. Quatro outros estudos sugerem que o vegetal também pode aumentar a libido em humanos.

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