Coco Chanel: conheça a história por trás da lenda da moda

Estilista mais revolucionária do século 20, Coco Chanel teve uma infância tumultuada antes de construir seu império da moda; veja a trajetória

Gabrielle “Coco” Chanel foi uma das estilistas mais importantes do século 20. A francesa se tornou sinônimo de um novo estilo, pautado pela simplicidade chique e a elegância do preto e branco. Assim, ela deixou para trás os espartilhos e enfeites típicos da Belle Époque e apresentou um conceito mais andrógino, voltado para mulheres dinâmicas que começavam a ingressar no mercado de trabalho.

Por outro lado, se as roupas de Coco Chanel eram simples e monocromáticas, o mesmo não se pode dizer sobre sua história de vida. A estilista faleceu em 1971, aos 87 anos, sem nunca ter se casado. No entanto, sua vida amorosa foi dramática, e sua trajetória pessoal ganhou tanto destaque quanto suas coleções.

Simplicidade chique

O fascínio em torno de Coco Chanel começou em 1926, quando a revista Vogue publicou o desenho de um vestido preto simples, na altura da panturrilha. Com mangas compridas e estreitas e cintura baixa, era adornado apenas com um colar de pérolas.

A revista o descreveu como “Ford da Chanel”, referindo-se ao modelo T, popular na época. Ou seja, era uma roupa tão simples que poderia ser “uma espécie de uniforme para todas as mulheres de gosto”, como escreveu a publicação.

O conjunto foi apelidado de “pretinho”, e o resto é história. Durante a Grande Depressão, o vestidinho preto se tornou o traje preferido de uma geração inteira de consumidoras. O modelo teve inúmeras imitações, mas a elegância discreta do original de Coco Chanel é incomparável.

Reprodução/ Pinterest

História de vida de Coco Chanel

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Antes de ficar conhecida mundialmente como Coco Chanel, a estilista nasceu como Gabrielle Bonheur Chanel no dia 19 de agosto de 1883, em Saumur, no Vale do Loire. Sua mãe, Eugénie Jeanne DeVolle, trabalhava como lavadeira e estava solteira quando deu à luz sua segunda filha. O pai, Albert Chanel, era vendedor ambulante e só casou com Eugénie no ano seguinte.

Quando Gabrielle Chanel tinha 12 anos, a mãe morreu de tuberculose, e o pai a mandou para o internato católico das Irmãs do Sagrado Coração, em Aubazine. Assim, até os 18 anos, ela conviveu com mulheres vestidas apenas com roupas austeras, estritamente pretas e brancas.

Quando atingiu a maioridade, Gabrielle deixou o internato e começou a trabalhar como assistente de vendas na loja Maison Grampayre, em Moulins, enquanto trabalhava simultaneamente como cantora em um café. Aliás, o apelido Coco Chanel teria origem em uma de suas músicas, “Qui qu’a vu Coco?”.

Reprodução / Pinterest

A nova rotina fez Gabrielle conhecer importantes executivos da moda, como Étienne de Balsan, filho de empresários têxteis. Após um relacionamento de seis anos, Étienne se tornou não apenas um namorado, mas também seu primeiro agente.

Afinal, o talento de Coco Chanel para criar chapéus logo chamou a atenção das outras mulheres da alta sociedade que frequentavam o mesmo círculo que Balsan. Mas a primeira loja dela foi financiada por outro parceiro romântico: o milionário inglês Arthur Capel, que a levou para Paris.

No entanto, Capel, que era casado, morreu em um acidente de carro em 1919. Coco Chanel então decisiu vender sua loja de chapéus e abriu seu primeiro ateliê de costura. Foi o começo de sua trajetória de sucesso.

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Contribuições de Coco Chanel para a moda

Em 1920, ela criou um dos aromas de perfume mais icônicos do mundo. Poucos anos depois, ela inventou o vestidinho preto e o terno Chanel. Suas roupas ajudaram as mulheres a deixar os espartilhos para trás e abraçar a feminilidade e o conforto em vez de constrangimento.

O terno era moderno e ideal para a mulher do pós-guerra em sua primeira incursão no mercado de trabalho. A popularidade do modelo só aumentou ao longo dos anos. Assim, algumas das mulheres mais influentes de todos os tempos também usavam o terno Chanel: Audrey Hepburn, Grace Kelly, Brigitte Bardot e a princesa Diana.

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Assim como o tweed, Coco Chanel apostou em outro tecido barato e inovador para a época: o jersey. Ela foi a primeira estilista a popularizar o jersey na moda feminina, usando para vestidos, saias, suéteres e muito mais.

Consequentemente, Coco Chanel se tornou uma designer pioneira na indústria da moda. Afinal, ela construiu e manteve seu império por mais de 70 anos. A estilista faleceu sozinha em seu quarto de hotel, vítima de infarto, em 1971. Seu estilo, no entanto, permanece vivo até hoje.

Reprodução / Chanel
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